Mães

10 maio, 2013Flávia Frota

“A decisão de ter um filho é muito séria. É decidir ter, para sempre, o coração fora do corpo”.

Considero esta frase uma das mais belas definições da maternidade, por traduzir com perfeição o vínculo criado por este amor tão sublime.

Ela também ilustra a velha história sobre o cordão umbilical, que na prática nunca se corta e permanece sendo um elo entre mães e filhos por toda a vida.

Certa vez ouvi de uma mãe que já viu seu filho partir desta vida: “É como se tivessem me arrancado um, falta um pedaço de mim”. Esse é justamente o mistério que a frase elucida.

É impossível para um ser humano viver sem coração, e é insuportável para uma mãe existir sem a presença ou a felicidade de um filho.

Como a dor da despedida terrena é muito dolorosa vamos então comemorar o Dia das Mães falando das lembranças e das alegrias que a essa missão proporciona.

Biologicamente, nós mulheres já nascemos destinadas à maternidade, socialmente somos criadas e educadas para isso, e intimamente, a maioria alimenta esse sonho desde menina.

Por isso quando a primeira colega – irmã ou cunhada – engravida começamos a enxergar a possibilidade de sermos contempladas com essa graça também.

Lembro perfeitamente de quando minha irmã Maysa e as primeiras amigas começaram a carreira de mães, eu tinha apenas 19 anos, elas entre 18 e 19.

Embora soubesse que o desafio não seria nada fácil e nem desejasse estar no lugar delas, foi impossível não fantasiar com todo o romantismo que uma garota dessa idade tem.

Curtir a gravidez de alguém, comprar um presente para o sobrinho, afilhado ou filho de uma amiga, pela primeira vez, é ensaiar, desejar, ver com olhos de quem quer aprender, imitar, repetir…

Afinal de contas assim se passou a nossa infância, sempre cuidando de bonecas, brincando de mãe e filha, de casinha e  curtindo os bebês dos vizinhos e da família.

Até que um dia, finalmente, Deus se lembra da gente e… que felicidade!!! Ah, mas é claro, a gravidez nem sempre é planejada. Como já disse anteriormente, deixemos as tristezas e dificuldades para outra ocasião. Hoje é nosso dia e só vamos lembrar dos prazeres, que são muitos, incalculáveis e inesquecíveis.

Desfrutar do milagre da vida sendo parte dele, o abrigando dentro da gente, o alimentando com o nosso corpo, misturando duas – ou mais – vidas em uma só, é a satisfação mais plena que podemos conhecer.

E depois, ter esse milagre nos braços, sorrindo e devotando todo o seu amor e fidelidade a nós, é uma benção divina mais do que suficiente para compreendermos: tudo vale a pena para uma mãe!

Eu bem sei que não é nada fácil, ficamos inseguras, preocupadas, cansadas, exaustas, reclamamos, quase enlouquecemos! Mas aí, vem aquele serzinho lindo, puro e ingênuo, aconchega a cabecinha no nosso ombro e nos faz esquecer tudo, só para tentar fazê-lo feliz!

E assim descobrimos que ali está o nosso coração e que teremos que aprender a conviver com ele fora do corpo, a repartir – sem dividir em pedaços, nem diminuir – com dois, três, quatro ou até mais filhos.

Vamos sentir tudo que o filho sente, pressentir perigos, adivinhar pensamentos, prevenir acidentes, desvendar mentiras, sorrir, chorar…

Fazer tudo na mesma sintonia, sempre conectados por um sentimento tão poderoso que nada no mundo é capaz de destruir ou desvendar: o amor.

E como somos felizes sendo mães… É o nosso melhor papel, a carreira mais promissora, o trabalho mais prazeroso e desafiador, a recompensa que dinheiro nenhum paga…

Por tudo isso, hoje é dia de agradecer a Deus por sermos instrumentos do maior milagre da vida e do maior amor do mundo!

Parabéns Mamães!

Parabéns Avós, Tias, Madrinhas, Boadrastas, Irmãs e Primas Maiores, Professoras, enfim, todas que igualmente abraçam esta sublime missão.

Recebam minha homenagem com carinho e muitos beijos,

Flávia 😉

Ainda tem mais um presente: A Crônica “Mães” de Danuza Leão:
A Crônica “Mães” de Danuza Leão

* Esta crôncia é de autoria de Danuza (e não de Pedro Bial – como aparece no vídeo).

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