Luiza, 15 anos

29 novembro, 2011Flávia Frota

Luiza 15

Luiza – Tom Jobim

[…]

E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza

Este fim de semana, tive a alegria de participar de uma festa de 15 anos muito especial, de uma sobrinha por afinidade. O sentimento que nos une supera os laços de sangue porque brota do coração.

Da mãe, sou amiga de infância e companheira de adolescência. Dos pais fui o cupido que ajudou o namoro a começar. Dos filhos, a tia que presenciou com carinho a chegada, o crescimento e as conquistas de cada um.

As comemorações do aniversário começaram com o Chá de Beleza preparado com ternura e entusiasmo, e teve seu momento sagrado com a missa em ação de graças.

Agradecer a Deus pelo dom da vida é sempre um momento marcante. E mais emocionante ainda, foi ver a linda e grande família entrando na igreja. Os pais de mãos dadas com a filha, atrás os dois irmãos e a irmã caçula. Pura emoção, principalmente por se tratar de uma família verdadeiramente feliz, que vivencia o amor em sua plenitude e educa os filhos baseada em princípios éticos e bons exemplos.

A festa de 15 anos contou com o que havia de melhor, alegria contagiante em todos os momentos, bom gosto e elegância em cada detalhe, tudo na medida certa, com simplicidade e sem ostentação, de maneira que nada ofuscasse a verdadeira estrela da noite: a linda Luiza.

Foram esses pequenos detalhes que tornaram o aniversário tão emocionante e inesquecível, prova de que, ainda nos dias de hoje, é o amor verdadeiro que faz a diferença na vida da gente.

Luiza, desculpe, mas a homenagem aqui vai também para sua mãe, que apesar de ser apenas um pouco mais nova que eu, sempre a tive como uma irmãzinha caçula, da qual a gente cuida com carinho e cuidado.
Devotas de Nossa Senhora Auxiliadora, chegávamos cedinho ao colégio e íamos juntas rezar na capela, pedir alento para nossas angústias, inseguranças e desafios. Havia muita semelhança e cumplicidade entre nós, como há até hoje.

Por obra do destino e da minha flechada de cupido, ela, a caçulinha da turma, furou a fila e fez tudo primeiro, casou cedo e logo foi mãe. Invertendo papéis, passou a ser a minha guru e eterna conselheira nos assuntos da vida e da maternidade.

Somos almas gêmeas em alguns pontos e idênticas em outros. Cômicas, irônicas, sabemos encarar nossas “desgraças” com diversão e bom humor. Confesso, ela me ensinou muito sobre como levar a vida numa boa, a ser mãe sem me “pré-ocupar” demais, sendo sempre afetuosa, responsável e durona quando necessário.

Minha amiga Cris sempre foi loirinha, e continua até hoje, linda, leve e loira. Por ironia do destino, eu, que sempre tive “os cabelos mais negros que a asa da graúna tenho uma filha loirinha, mais uma coincidência a unir nossas vidas. Mistérios… como disse Shakespeare “Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”.

Cristiane, mãe da Luiza, e dessa prole linda de quatro filhos, que eu costumo chamar carinhosamente de “enorme”, meus parabéns hoje, também são para você, que tão novinha soube assumir suas responsabilidades e construiu essa bela família.Admiro como soube preservar a meninice e descontração, manter a alegria e espontaneidade, amadurecer sendo autêntica e irreverente.

Luiza, parodiando Machado de Assis desejo “que a vida lhe seja leve” e quando ela, inevitavelmente pesar, use a sabedoria de sua mãe e os ensinamentos de sua família para superar os obstáculos e sair vencedora.