Um remédio chamado Perdão

18 fevereiro, 2012Flávia Frota

Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.

William Shakespeare

Assisti a uma palestra sobre o perdão, e o efeito foi tão positivo, que resolvi escrever sobre o tema. Virtude tão difícil de ser vivenciada, que evitamos falar e até pensar sobre o assunto, devido ao incômodo que ele nos causa. Por isso, fingimos esquecê-lo e o empurramos como sujeira para debaixo do tapete.

Relevar sempre, revidar jamais

Este princípio é simples, diz o ditado que dois só brigam quando querem. Rancor não leva a nada, faz mal às duas partes envolvidas, se o outro não se controla, não entre na sintonia dele, seja o pacificador

Autocontrole

Não somos feras que agem por instinto, somos seres humanos e temos a capacidade de parar para pensar antes de agir. Ah, se fosse fácil… Na hora da raiva ninguém pensa e parte para o ataque a fim de se defender. E depois o estrago está feito. Por causa de poucos segundos podemos perder a vida, a liberdade, a amizade e principalmente a paz

Como se controlar?

É uma questão de prática e dedicação a um objetivo, é necessário ter força de vontade. Nós podemos. Somos seres inteligentes e devemos usar nossas emoções somente para o bem. É comum ouvirmos – e dizermos: Eu agi assim porque estava muito emocionado, perdi a cabeça. Que pena. Este tipo de atitude nociva, chamada instinto, é capaz de causar danos irreparáveis

Por que perdoar?

O ódio é a maior chaga da humanidade, acredita-se que ele mata e destrói mais que todas as guerras da história juntas. E o pior, é um veneno que injetamos na própria veia. O ressentimento mina nossas energias, enfraquece a imunidade e causa doenças, a ciência já provou isso. É um dano que causamos mais a nós mesmos do que ao outro. Quem perdoa se livra desta carga negativa, se liberta do mal e pode seguir em paz

E se o inimigo não quiser perdoar?

Faça a sua parte, se for possível tente se aproximar, conversar e acabar com as desavenças. Mas se não for, basta que o perdão seja sincero, que você tenha esquecido a ofensa, não guarde mágoa nem desejo de vingança, e queria bem a esta pessoa.

Quem tem uma crença ou religião sabe que a oração tem poder infinito, reze, ore, peça por este irmão. Assim a vida se encarregará de colocá-los no mesmo caminho e, quem sabe um dia você tenha a oportunidade de ajudá-lo.

O que acontece quando fazemos o bem ao inimigo?

Primeiramente estaremos fazendo bem a nós mesmos, e também conseguiremos tocar o coração do outro. O ser humano tem a essência para ser bom, se não o é, é porque está no caminho errado. Toda ação gera uma reação, assim como o ódio contamina, o amor também contagia as pessoas.

Quando seu inimigo se sentir ajudado, acolhido e amado, ele sentirá vergonha do que fez. Verá que você não é mais como antigamente, evoluiu e superou o mal, está fazendo o bem. Ele terá vontade de copiar seu exemplo.

Boazinha, eu? Apenas alguém que acredita que a tolerância também é uma forma de liderança. Façamos o teste e vejamos os resultados.

Agradeço à palestrante Terezinha Cadais

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