“Viver é a melhor opção – A prevenção do suicídio no Brasil e no mundo”

“O livro foi escrito com uma convicção: as informações contidas nele podem salvar vidas”.

Autor

André Trigueiro, é bem conhecido da gente. Ele é jornalista, repórter da TV Globo, editor-chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News e comentarista da rádio CBN. Desde 1999 vem pesquisando o fenômeno do suicídio e as diversas estratégias de prevenção.

Acolher

Uma leitura que nos fala ao coração, nos chama a perceber o outro, suas angústias e aflições. Mostra que cada um de nós tem um papel fundamental na prevenção do suicídio. O papel de acolher, compreender sem julgamentos, oferecer ajuda e perceber pedidos de socorro.

Saúde pública

O suicídio é problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS – a cada 40 segundos ocorre um suicídio no planeta. O autoextermínio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos no mundo. No Brasil a taxa de crescimento de suicídio é superior à do crescimento da população.

Escutar

Para salvar essas vidas é necessário ter ouvidos que vão além de ouvir, ouvidos capazes de escutar. A arte da escuta envolve calar para ouvir com a alma. Escutar calado, por horas e horas, sem interromper. Mostrar ao irmão em desespero, que tem alguém disposto a lhe estender a mão.

Sensibilidade

A pessoa que busca o suicídio, não quer acabar com a vida, mas sim dar fim a um sofrimento insuportável. O suicida sempre manda recados de forma direta ou indireta. Deixa mensagens insinuando ou falando abertamente sobre seu desespero e planos de pôr fim à vida. É difícil identificar? Sim, é difícil, mas com sensibilidade é possível desvendar este alerta.

Amigos

“Amigos podem servir como uma rede de proteção, muitas vezes dispensando atenção extra e cuidados especiais”. Ter uma religião ou crença no sagrado, no universo, em um ser superior também é um fator inibidor.

Dados

Além da abordagem humana a obra é rica em resultados de pesquisas e dados estatísticos que proporcionam maior entendimento do problema, desafios e medidas preventivas a serem tomadas.

Políticas Públicas

90% dos casos de suicídio são evitáveis, por serem oriundos de problemas psíquicos que têm tratamento. Daí a importância de um enfrentamento efetivo por parte dos governos com políticas públicas satisfatórias na área da medicina, psiquiatria, psicologia e serviço social. Identificando, acolhendo  e tratando as vítimas de traumas, depressão, alcoolismo e dependência de drogas, entre outras.

Baixa renda

Acima de tudo, é fundamental assegurar o direito de vivermos em uma sociedade justa, que ofereça oportunidades, respeito, dignidade e assistência a todos os cidadãos. 79% dos suicídios no mundo ocorrem em países de baixa e média renda.

Amazonas

Há dados no livro a respeito ao Amazonas que merecem clamam por providência:

– No intervalo de uma década o Amazonas aparece em segundo lugar entre os estados brasileiros que registraram maior crescimento das taxas de suicídio, com 131,3%.

– Entre os três municípios brasileiros com maior índice de suicídio o primeiro e o terceiro estão localizados no Amazonas. São locais de assentamento de comunidades indígenas. São Gabriel da Cachoeira e São Paulo de Olivença, ostentando alguns dos índices mais elevados do mundo.

– “No caso específico do estado do Amazonas, enquanto os indígenas representam 4,9% da população total, nos últimos anos 20% dos suicidas são indígenas, quatro vezes acima do esperado”.

– “São números que gritam por atenção e políticas públicas especialmente dirigidas a essas comunidades pressionadas pela disputa de terras, crise de identidade e valores – processo de aculturação – e desassistência do poder público.

Causas

A primeira infância merece atenção especial, problemas nesta fase podem desencadear um suicídio futuro. Não existe somente um fator que leve ao autoextermínio. Normalmente são inúmeras causas que, juntas, induzem alguém ao ato, e não é fácil identificá-las.

Informação

O tabu, o silêncio e o preconceito não vão ajudar a baixar os índices. Somente um diálogo aberto e responsável levará a resultados satisfatórios. A informação é um poderoso recurso de combate e esclarecimento. Foi assim que o programa de prevenção à AIDS foi tão bem sucedido no Brasil.

Comunicação Social

A comunicação social, a imprensa e as mídias digitais têm papel preponderante nesta causa. É preciso falar de suicídio sim. Mas existe a maneira certa de abordar o tema. Se tratado de forma incorreta e irresponsável, ao invés de prevenir pode, ao contrário, incentivar o ato. O documento “Prevenção do Suicídio: manual dirigido aos profissionais de imprensa” foi elaborado justamente para pautar a informação “clara, objetiva e em favor da saúde”.

Campanhas

Campanhas educativas e de acolhimento fraterno têm se mostrado extremamente efetivas e salvado milhares de vidas. No Brasil temos o Centro de Valorização da Vida – CVV – que atua desde 1962. Todos os atendentes são voluntários treinados. A ligação é gratuita, o atendimento é 24 horas, sigiloso e sem limite de tempo.

“Os voluntários do CVV aprendem a perceber o valor da escuta numa sociedade onde a maioria absoluta não tem tempo nem paciência para ouvir o outro”

Salvar vidas

Lendo “Viver é a melhor opção” você terá maior conhecimento para amparar corações aflitos e salvar vidas. A leitura é fácil, leve e esclarecedora. Toda a verba arrecadada com a venda do livro é destinada ao CVV.

André Trigueiro

Além da leitura da obra, nossa dica se estende ao trabalho de prevenção do suicídio que o autor André Trigueiro faz através das redes sociais. Acompanhem os perfis dele, vale a pena.

Como Vai Você?

O CVV quer saber como vai você. Precisa de ajuda? Ligue 188.

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