É mesmo Natal?
18 dezembro, 2016Flávia FrotaVou contar um segredo para vocês, nos últimos anos ando exausta com as obrigações do mês de dezembro:
Arrumar a casa para o Natal
Festas de confraternização
Eventos para comparecer
Presentear a família, os amigos, as pessoas queridas de perto e de longe
Exercitar a generosidade e a caridade
Preparar o look de Natal e Ano Novo
Responder inúmeras mensagens de Whatsapp
Fazer malabarismo com o orçamento
Ufa! Cansei!
São tantos compromissos, é tudo tão rápido, intenso e frenético, que quase não sobra tempo para aproveitar verdadeiramente a extinta magia do Natal.
Mil e um eventos
A costureira começa a ficar sobrecarregada em novembro, já com os preparativos das formaturas – de ABC, inglês, francês, ensino médio, graduação, premiação do kumon e por aí afora… Sem falar que as festas de aniversário e casamento não param nunca, não tiram férias nem entram em recesso de fim de ano.
Para encomendar um bolo, chamar o encanador ou ir a uma loja, temos sempre que enfrentar o desafio da super demanda de Natal. Mesmo as crianças estando de férias, o trânsito fica caótico dia e noite. As pessoas estão sempre com pressa, se deslocando de uma festa para a outra ou indo ao shopping comprar presentes. Os salões de beleza ficam lotados de mulheres se embelezando para o glamor natalino. Nesta época, qualquer tarefa simples passa a ser um desafio.
Tem que participar
Houve um ano que minha tia ficou internada por uns 10 dias e teve alta nas vésperas do Natal. Eu estive muito tempo com ela no hospital, estava cansada. Não tive tempo, clima, e principalmente vontade de comprar presentes e roupa nova, pintar os cabelos e fazer as unhas.
Como ela teria que estar em casa – se recuperando – optei por ficar com ela ao invés de participar da Festa de Natal.
Uma pessoa querida me mandou uma mensagem delicada e ao mesmo tempo impressionada, questionando se existia algum problema grave. Sim, até poucos dias eu estava com uma pessoa querida muito doente, mas felizmente ela já havia melhorado. Era isso. Mas como explicar o grande pecado de levar falta na disneyficação do Natal?
Meti o primeiro vestido e fui fazer o social: sorrir, tirar fotos e distribuir os presentes que o meu marido deu conta de comprar. Eu estava bem, estava feliz, mas não estava a fim de festa, de ficar acordada até tarde nem de conversar amenidades.
Eu queria mesmo era rezar, agradecer, pensar em tudo que havia acontecido recentemente. Isso não significava estar longe das pessoas que amo, mas estar perto de mim mesma, em companhia da tranquilidade, sem obrigações e rituais.
Simples é mais
Eu não compreendo onde a sociedade foi parar, e para onde levou o espírito natalino. Fico calada, quieta, participo de tudo, mas acho estranho. A ceia farta de poucas mesas acentua ainda mais a miséria da maioria.
As luzes piscando, desperdiçando energia elétrica e torrando dinheiro, acendem dentro de mim a escuridão que faz companhia a tanta gente negligenciada na noite em que teoricamente comemora-se o nascimento de Jesus.
A descaracterização do Natal precisa ser repensada para resgatarmos a sua essência. O melhor presente que podemos dar a Jesus é reduzir as diferenças e futilidades. Aumentar a prática do bem, o ato de repartir e não simplesmente aumentar nossas dívidas.
Esperança
Muitas ações de generosidade são realizadas nesta época, iniciativas lindas que nos enchem de esperança. Mas a célebre noite de 24 de dezembro continua sendo – para a maioria das pessoas – um evento restrito à família e aos amigos.
Eu sonho que em um futuro breve a Noite Feliz seja uma comunhão maior, que possamos dar as mãos aos nossos entes queridos e irmos juntos fazer o bem nesta data e hora especial.
Confraternizar verdadeiramente
Que saibamos abrir as portas dos nossos lares para os pobres e estropiados. Ou que possamos levar tudo de bom que preparamos para a nossa ceia de Natal aos lugares mais remotos, aos irmãos mais necessitados.
Natal feliz é transpor espaços e preparar uma festa linda, do mesmo jeitinho que fazemos na nossa casa, para ser compartilhada nos orfanatos, asilos, hospitais, penitenciárias, palafitas, barracos e com os moradores de rua. É abrir mão do nosso luxo, do supérfluo e até do básico – o pouco que tenhamos – para oferecer a quem não tem.
É ir além daquela caridade de uma festinha simples, feita para pobres em uma data prévia, para estar com eles no exato momento da ceia de Natal, celebrando com o que temos de melhor, tanto no sentido material como na essência do coração. É ampliar o amor e alegria de estarmos entre família e amigos para nos unirmos a outros irmãos em total fraternidade.
Aí sim, as luzes vão brilhar como estrelas, com a verdadeira lição do nascimento de Jesus: a mensagem da igualdade, do amor, da doação incondicional. Esse é o Natal que eu sonho, e acredito que em breve vai substituir todo esse apelo mercantilista que cultuamos atualmente.
Papai Noel, eu acredito em você! Está feita a minha cartinha. Sei que este pedido tem que ser realizado por cada um de nós, e tenho fé que faremos bem feito. Em nome de Jesus.
Feliz Natal!
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Lindo Flavia ! Me emocionei porque neste ano tivemos problemas de saúde sérios em casa, mas Deus Maravilhoso nos concedeu vitórias! Penso como você há algum tempo, mas as pessoas nos cobram realmente sem pensar o que vai em nossos corações! Nesse natal minha gratidão, que sempre foi a Deus, deve ser voltada muito mais a Ele, pelo Seu amor e Misericórdia!
Gostei da tua opinião sobre o Natal, a meu ver o que falta é colocar JESUS no Natal, pois Ele é a causa e o objetivo de tais festejos.
Eleonora Péres [via Wpp]
Adorei Flavia!!!! Tomara mesmo um dia acabe este mercantilismo e se viva verdadeiramente o natal!!!! Belíssima e sabia reflexão!!!!bjssss Monika
Christmas for most people is a fun time of year, filled with parties, celebrations, and social gatherings with family and friends. For many people however, it is a time filled with sadness, self-reflection, loneliness, and anxiety!!
For many of us, the Christmas and New Year were magical in childhood, carefree times to be savored.But then we grew into hordes of harried adults, falling victim to season’s high expectations. Holiday stress has become as much a tradition as the Christmas ham.
People are overcommitted!!!
Keep Holiday stress to a minimum is to “Say No” for some things that people feel obligated to follow the same kinds of things.So you learn to say no to lots of other demands, too, including party invitations.!
It’s not even “Christmas” anymore!! We also overload ourselves with inherent traditions, even when they not longer fit into our busy lives .
Let the real “SPIRIT OF THE HOLIDAYS ” be magical with “GRATITUDE AND GIVING ” back in our lives! It’s very satisfying to offer support to the people we live, help out a neighbor, or do something positive for the community.
When we know our priorities, we can turn down the less important things. It’s very easy to say No if we know what we’re saying Yes to.
Christmas is magical, beautiful, bright and blessed. We ounce again receive our Savior ‘s Love.
Remember it’s your Christmas too try to relax and have fun, laugh and be merry.!!!
Merry Christmas and a prosperous New Year to Everyone! 🎄👼🏻🎅🏻
Sempre questiono tambem esse apelo comercial de todo Dezembro! Adorei esse post! Fico muito feliz em saber que tambem tem essa preocupacao! Desejo que mais e mais pessoas façam essa reflexao, tao simples doar o que temos em nossos coracoes aos menos favorecidos!!! Feliz Natal!!✨🎄😘
Minha amiga Flavia Frota parabéns pelas suas palavras muito verdadeiras !!!! Realmente o mundo ou a vida está muito sem saber o que são os verdadeiros sentimentos !!!! Os principais são o Amor , a consideração , o respeito ….. brigada pelo carinho …. 👏👏😍😍🙌🙌🙏🙏🍸🍸🎄🎄🎅🏽🎅🏽